segunda-feira, 27 de maio de 2013

Huia


Nativa da Nova Zelândia, essa ave de plumagem preta, com a ponta das asas e cauda branca, e papos laterais de cor laranja foi extinta no início do século XX. Sua caça desenfreada foi motivada por interesse econômicos e comerciais, mas também por um crença de que toda a flora e fauna da colônia neozelandesa eram ruins e deveriam ser substituídas por variedades dos demais ecossistemas europeus. O último registro visual confirmado da Huia ocorreu em 1907. As fêmeas possuíam bicos longos e curvados enquanto nos machos era curto.



Foca-monge do Caribe


Espécie descoberta por Cristóvão Colombo em sua segunda viagem à América, em 1494, a foca-monge-caribenha foi declarada oficialmente extinta em 1952. Sobre ela escreveu o navegador: “eu descobri um tipo maravilhoso de foca, são médias, tímidas e aparentemente têm boa pele, o que dá pra fazer casacos, esta ilha é cheia de charme”. Daí em diante, o animal foi explorado como fonte de alimento e principalmente para obter sua banha, usada para iluminação e lubrificação.



Tigre de Java


Os Tigres de Java eram uma subespécie do felino que viviam na ilha indonésia de Java. No início do século XIX, eles eram tão comuns em algumas áreas que chegaram a ser considerados pragas.

Mas, com o aumento da população humana, grande parte da ilha tornou-se áreas de cultivo, resultando em uma redução grave no habitat natural do animal. Para se livrar do perigo, os homens caçavam os tigres a fim de matá-los. O último espécime foi observado em 1972.



Bucardo


A subespécie de cabra bucardo (Capra pyrenaicatem) tem uma das histórias mais interessantes entre os animais extintos, uma vez que foi a primeira espécie a ser “ressuscitada” por meio de clonagem, em 2003, morrendo apenas sete minutos depois de seu nascimento por insuficiência pulmonar.

Ele era natural da cordilheira dos Pireneus, situada entre Andorra, França e Espanha. Sua população foi reduzida devido a uma perseguição lenta, mas contínua, desaparecendo em meados do século XIX. No final dos anos 80, a população foi estimada entre 6 e 14 indivíduos. O último a nascer naturalmente morreu em 6 de janeiro de 2000, aos 13 anos.



Tartaruga gigante de Galápagos


 Última tartaruga gigante da subespécie Chelonoidis nigra abingdon, que dão nome às ilhas Galápagos, do Equador, o mundialmente famoso “Jorge Solitário” morreu em junho de 2012, aos 100 anos de idade. Outras espécies de tartaruga da ilha também estão sob risco, devido à baixa taxa de crescimento da população, a maturidade sexual tardia e o endemismo da espécie.





Rinoceronte Negro


A atualização mais recente da Lista Vermelha de espécies ameaçadas compiladas pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) trouxe más notícias: o rinoceronte negro Africano (Diceros bicornis longipes), subespécie que tinha como habitat Camarões na África ocidental, foi oficialmente declarado extinta em 2011.



O motivo? Excesso de caça para vender seus chifres no mercado negro, aos quais são atribuídos propriedades terapêuticas no tratamento do câncer, embora não haja comprovação científica.



E Agora?

Faremos agora uma listagem dos animais extintos e em extinção da Índia e do Mundo. 


Fiquem ligados!

domingo, 26 de maio de 2013

MAIS NOVIDADES

Gente, Horários divulgados no Facebook!



Confiram!

Os horários marcados de vermelho são os que o Primeiro II participa. Não deixem de conferir as novidades de cada turma, claro. Mas esperamos vocês em nossas apresentaççoes em especial, viu?

Contamos com a sua presença!

@2013@


Recursos de água doce e potável são finitos, frágeis e vitais para todas as pessoas no mund


Há 20 anos o Dia Mundial da Água é celebrado em 22 de março para chamar nossa atenção para a importância da água doce e da gestão sustentável dos recursos hídricos. São realizadas na data diversas atividades em todo mundo para esclarecimento e conscientização.

A recomendação de um dia internacional para celebrar a água ocorreu na Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (UNCED/Rio 92), no Rio de Janeiro. A Assembleia Geral da ONU designou o dia 22 de março de 1993 como o primeiro Dia Mundial da Água.

A ONU fomenta a ação global em defesa da gestão dos recursos hídricos desde 1977, quando realizou a Conferência para a Água. Em 2010, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou 2013 o Ano Internacional de Cooperação pela Água.




Recurso finito requer gestão inteligente

Água é fonte de vida. E por ser um recurso natural vital é imprescindível a cooperação para gestão da água, nos níveis local, regional, nacional e internacional, com engajamento da sociedade, do poder público, da iniciativa privada, do terceiro setor e das universidades.

A população mundial aumenta e é crescente a demanda global por água potável para atender às necessidades da humanidade. É também crescente a necessidade de saneamento básico. O resultado é uma crise global, com escassez, desperdício, poluição e exploração exagerada das reservas de águas subterrâneas.

Os recursos de água doce são finitos e frágeis, estão em condição de pressão constante por causa do crescimento populacional, da poluição e das demandas para usos agrícolas, domésticos, comerciais e industriais. A comunidade internacional tem o desafio de transformar obrigações assumidas em ações concretas no que se refere à gestão inteligente da água potável. O esforço de todos é para benefício de todos.

No site da ONU Brasil estão destacados trechos da Declaração da ONU Água para o Dia Mundial da Água 2010, que formam um resumo objetivo da situação delicada da água potável, recurso natural não renovável, fundamental para todas as pessoas no mundo.



"A água potável limpa, segura e adequada é vital para a sobrevivência de todos os organismos vivos e para o funcionamento dos ecossistemas, comunidades e economias. Mas a qualidade da água em todo o mundo é cada vez mais ameaçada à medida que as populações humanas crescem, atividades agrícolas e industriais se expandem e as mudanças climáticas ameaçam alterar o ciclo hidrológico global. (…) A cada dia, milhões de toneladas de esgoto tratado inadequadamente e resíduos agrícolas e industriais são despejados nas águas de todo o mundo. (…) Todos os anos, morrem mais pessoas das consequências de água contaminada do que de todas as formas de violência, incluindo a guerra. (…) A contaminação da água enfraquece ou destrói os ecossistemas naturais que sustentam a saúde humana, a produção alimentar e a biodiversidade. (…) A maioria da água doce poluída acaba nos oceanos, prejudicando áreas costeiras e a pesca. (…) Há uma necessidade urgente para a comunidade global - setores público e privado - de unir-se para assumir o desafio de proteger e melhorar a qualidade da água nos nossos rios, lagos, aquíferos e torneiras." [Declaração ONU Água]



quinta-feira, 23 de maio de 2013

Mundo dobra o uso de água subterrânea em quatro década


Exploração é tanta que faz com que o líquido do lençol freático corresponda a 25% do aumento do nível do mar. Reservas totais do globo não são conhecidas, mas estima-se que 30% da água doce da Terra provenha do subsolo.

A humanidade se tornou uma usuária tão sedenta das águas subterrâneas do planeta que essa exploração pode ser responsável por um quarto do aumento anual do nível dos oceanos.

O dado vem de um artigo aceito para publicação na revista científica "Geophysical Research Letters". Nele, uma equipe liderada por Marc Bierkens, da Universidade de Utrecht (Holanda), traça um mapa não muito animador do estado das reservas subterrâneas mundo afora.

Usando estatísticas e simulações de computador sobre a entrada e saída de água dos lençóis freáticos, Bierkens e companhia estimam que a exploração de água doce subterrânea mais do que dobrou dos anos 1960 para cá, passando de 126 km3 para 283 km3 por ano, em média.

A questão, lembram os pesquisadores, é que ainda não dá para saber o preço exato da brincadeira, porque ninguém tem dados precisos sobre a quantidade de água subterrânea no mundo.

Mas, a esse ritmo, se tais reservas fossem equivalentes aos célebres Grandes Lagos dos EUA e Canadá, essa fonte de água seria esgotada em 80 anos. De qualquer maneira, a preocupação se justifica porque, de acordo com estimativas, 30% da água doce da Terra está no subsolo.

Com exceção das calotas polares -as quais ninguém em sã consciência gostaria de derreter, já que os efeitos sobre os mares e o clima seriam imensos-, trata-se da principal fonte de água potável do mundo. Rios e lagos na superfície são só 1% do total.




quarta-feira, 22 de maio de 2013

Flora e Fauna Indiana

O território indiano se encontra dentro da biorregião himalaia, que apresenta grandes amostras de biodiversidade. Como é um dos dezoito países megadiversos, acolhe 7,6% de todos os mamíferos, 12,6% de todas as aves, 6,2% de todas os répteis, 4,4% de todos os anfíbios e 11,7% de todos os peixes.



Os bosques da Índia variam de florestas úmidas nas ilhas de Andamão, Gates Ocidentais e noroeste indiano, até bosques frios do Himalaia. Estima-se que menos de 12% da massa da Índia Continental esteja coberta por densos bosques. Entre as árvores mais importantes da Índia encontram-se o neem medicinal, usado amplamente em zonas rurais para a fitoterapia e elaboração de remédios caseiros.

Nas últimas décadas, as invasões humanas criaram uma ameaça à vida silvestre da Índia, em resposta, o sistema de áreas protegidas e parques nacionais, estabelecido pela primeira vez em 1935, que foi ampliado consideravelmente. Em 1970, o governo indiano decretou a Lei de proteção da vida silvestre e o Projeto Tigre, para proteger o habitat crucial deste animais, além de em 1980 ter sido decretada a lei de conservação dos bosques. Junto com mais de quinhentas espécies da vida silvestre, na Índia treze reservas biosféricas, quatro das quais fazem parte da rede mundial de reservas da biosfera. Cerca de vinte e cinco zonas de umidade estão registrados na Convenção sobre as Zonas Úmidas.

terça-feira, 21 de maio de 2013

NOVIDADES!

Não se esqueçam, alunos do Colégio Farias Brito de Sobral, que a turma do Primeiro II espera vocês durante o Festival para as comemorações. E Quarta-Feira, na sala 02,  a Tematização da sala com o tema Índia estará acontecendo. Não percam por nada!



Em Breve, o calendário completo, aqui no blog, e no Facebook também, com os horários e os dias de cada atividade. 

BOA SORTE, PRIMEIRO II

A Índia é banhada por qual oceano?

O Oceano Índico é aquele que banha a Ásia, a África e a Oceania e é o terceiro maior oceano do mundo com uma extensão de 73.440.000 km².




Com uma profundidade média de 3.890m, o Oceano Índico se formou na Era Mesozóica como resultado da divisão do super continente Gondwana, tendo sido o último oceano a se formar. Fazem parte dele o Mar Vermelho, o Golfo Pérsico, o Golfo de Áden, o Golfo de Omã, a Baía de Bengala, o Mar de Andaman, o Estreito de Malacca, Estreito de Ormuz, o Canal de Moçambique e o Mar da Arábia, entre outros.

A formação do Oceano Índico se deu a mais ou menos 90 milhões de anos, quando este adquiriu suas características atuais através da ação das correntes de convecção (fluxo do magma na astenosfera – camada logo abaixo da crosta terrestre) que formaram a orogenia submarina (processo de formação de montanhas) da cadeia meso-oceânica do índico.

A cadeia meso-oceânica do índico possui o formato de um “y” ao contrário que se liga à esquerda à cadeia meso-oceânica do Atlântico, e à direita, à cadeia meso-oceânica do Pacífico, delimitando as placas Indiana e Africana com a Placa Antártica ao sul. Ao norte, ela divide a África da Península Arábica fazendo com que as duas porções de terra se afastem uma da outra. Isto faz com que a reposição do assoalho oceânico naquele local vá aumentando o Mar Vermelho, que um dia, daqui alguns milhares de anos, pode alcançar o tamanho do Oceano Atlântico.

Devido à sua proximidade com o Oceano Antártico, o Oceano Índico apresenta temperaturas mais frias em sua parte sul, já a parte norte é bem mais quente devido às influências do continente.

Essa diferença de temperatura entre o oceano e o continente origina as chamadas “monções”, que são ventos que mudam de direção anualmente de acordo com a variação da temperatura entre oceanos e continentes. Quando é verão no hemisfério norte, o continente se aquece mais que o oceano fazendo com que as correntes de ar mais frias, vindas do Índico, soprem em direção ao continente originando a “Monção de Verão” ou de Sudoeste. Já, quando é inverno no hemisfério norte ocorre o contrário, as correntes de ar mais frias do continente fluem em direção ao oceano originando a “Monção de Inverno” ou de Nordeste.

As monções modificam também, as correntes oceânicas que, durante a Monção de Nordeste (oceano mais quente que o continente) move-se até a costa africana onde vira para o sul e retorna como a Contra Corrente Equatorial e durante a Monção de Sudeste forma a “Corrente de Monção” que se move em direção ao continente africano, também, mas, vira em sentido horário, em direção ao continente.

As águas quentes do Oceano Índico Tropical (norte) abrigam uma infinidade de espécies. Em 1900 foram descobertos alguns animais de águas profundas, nas costas da Indonésia, que não se encaixavam em nenhum outro filo, os pogonóforos. Mais tarde, em 1938, foi pescado acidentalmente na costa oriental africana, um exemplar de Celacanto, que se pensava extinto desde a época dos dinossauros. Entretanto, os animais marinhos que mais se destacam no Oceano Índico são os corais: a Grande Barreira de Corais da Austrália, por exemplo, alcança cerca de 2.200km e só não forma uma linha contínua por causa dos inúmeros rios e lagos que deságuam por lá alterando a salinidade e o pH da água. Em alguns lugares os corais formam verdadeiras ilhas em meio ao oceano, como por exemplo, as Ilhas Seychelles.

O Oceano Índico é o receptor de alguns dos rios mais importantes da história da civilização: o Ganges da Índia e que deságua na Baía de Bengala, os Rios Tigre e Eufrates da Mesopotâmia e que deságuam no Golfo Pérsico.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Filtro completo em um canudinho

Às vezes, as tecnologias mais simples têm o maior impacto na vida das pessoas. Veja como exemplo o sistema de filtragem móvel da empresa suíça Vestergaard Frandsen, batizado de LifeStraw (“canudo da vida”). É um tubo de plástico azul – mas muito mais grosso que um canudinho comum – contendo filtros que tornam potável a água contaminada com microorganismos que provocam cólera, febre tifóide e diarréia.

Os filtros, fabricados em resina halógena, matam quase 100% das bactérias e cerca de 99% dos vírus que passam pelo LifeStraw. A University of North Carolina em Chapel Hill testou o canudo com uma amostra de água contendo as bactérias Escherichia coli B e Enterococcus faecalis, além do vírus MS2 colifago, e mais iodo e prata. Os resultados indicam que o LifeStraw filtrou todos os contaminantes a níveis em que não representam mais um risco à saúde de quem ingere a água.

No entanto, o canudo não filtra metais pesados como ferro ou flúor, nem remove parasitas como a giárdia ou o criptosporídio, apesar de o CEO da empresa, Mikkel Vestergaard Frandsen, afirmar que há uma versão do LifeStraw disponível para grupos de ajuda humanitária em Bangladesh e na Índia capaz de filtrar arsênico.

Com menos de 25 cm de comprimento, o canudo pode filtrar até 700 litros de água - estimativa do consumo anual de uma pessoa. O LifeStraw deve ser jogado fora quando seus filtros ficam entupidos demais para permitir a passagem de água, o que acontece geralmente após um ano de uso.




Cientistas registram intensa diminuição de água na Índia



 Cientistas da NASA, agência espacial americana, utilizaram dados do satélite Grace para descobrir que o nível dos lençóis freáticos de água da Índia sofreu uma diminuição de 33 cm por ano na última década. O volume de água, conforme o estudo, é suficiente para encher por três vezes o lago Mead, maior reservatório artificial dos Estados Unidos.

A pesquisa foi realizada por uma equipe de cientistas liderada por Matt Rodell, do Goddard Space Flight Center. Os dados mostram que mais de 108 km³ de água desapareceu entre 2002 e 2008 dos aquíferos nos arredores de Haryana, Punjab, Rajasthan e de uma região de Nova Délhi. A perda pode ser provocada quase inteiramente pel atividade humana.

Os especialistas descobriram que a água está sendo bombeada e consumida para atividades de irrigação e cultivo em ritmo acelerado, prejudicando o processo natural de reabastecimento dos aquíferos, que é mais lento.





domingo, 19 de maio de 2013

Novo Facebook : República da Índia

Venha conferir nosso novo Facebook, com fotos e matérias exclusivas sobre a Índia!



E em breve uma super novidade para os visitantes!
Confira!

http://www.facebook.com/pages/República-da-Índia/367389503371348

A beleza da Água : Queda d’água passa entre casas de monastério na Índia


Nem sempre enchente é sinônimo de desgraça. Na época das chuvas, o já impressionante Monastério Phuktal ganha um toque a mais de beleza, com uma queda d'água entre suas construções.

 As águas não ameaçam as casas de barro e madeira, que estão lá desde o século 12.

 O monastério é habitado por cerca de 70 monges budistas, que escolheram viver reclusos.

 O local é aberto para visitação de turistas, mas só é possível chegar escalando o penhasco de 3.850 metros de altura, para garantir que o templo continue isolado do resto do mundo.



 O monastério fica na boca de uma caverna em Ladakh, no norte da Índia. Locais como este são considerados sagrados no budismo e é dito que a água que passa por lá tem propriedades de cura. Fora da temporada de chuvas, há apenas uma fonte dentro das rochas, que abastece os monges.

 A maioria dos visitantes é de budistas tibetanos, que fazem peregrinação no monastério. Lá, eles encontram habitações simples e recursos precários, mas também quatro salões de reza com afrescos na parede e no teto, além de uma grande biblioteca.



Macaco é flagrado bebendo água em torneira na Índia


Um macaco foi flagrado  bebendo água em uma torneira. A cena foi registrada pelo fotógrafo Channi Anand em Jammu, na Índia.


Falta de água de qualidade mata uma criança a cada 15 segundos


A cada 15 segundos, uma criança morre de doenças relacionadas à falta de água potável, saneamento e condições de higiene no mundo, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Todos os anos, 3,5 milhões de pessoas morrem no mundo por problemas relacionados ao fornecimento inadequado da água, à falta de saneamento e à ausência de políticas de higiene, segundo representantes de outros 28 organismos das Nações Unidas, que integram a ONU - Água.

 No Relatório sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos, documento que a ONU - Água divulga a cada três anos, os pesquisadores destacam que quase 10% das doenças registradas ao redor do mundo poderiam ser evitadas se os governos investissem mais em acesso à água, medidas de higiene e saneamento básico.



As doenças diarréicas poderiam ser praticamente eliminadas se houvesse esse esforço, principalmente nos países em desenvolvimento, segundo o levantamento. Esse tipo de doença, geralmente relacionada à ingestão de água contaminada, mata 1,5 milhões de pessoas anualmente.

No Brasil, dados divulgados pelo Ministério das Cidades e pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico, mostram que, até 2010, 81% da população tinham acesso à água tratada e apenas 46% dos brasileiros contavam com coleta de esgotos. Do total de esgoto gerado no país, apenas 38% recebiam tratamento no período.

Há poucos dias, a organização da sociedade civil Trata Brasil divulgou levantamento que confirma a relação entre a falta de saneamento e acesso à água potável e os problemas de saúde que afetam principalmente as crianças. O Ranking do Saneamento levantou a situação desse serviço nas 100 maiores cidades do país, considerando a parcela da população atendida com água tratada e coleta de esgotos, as perdas de água, investimentos, avanços na cobertura e o que é feito com o esgoto gerado pelos 77 milhões de brasileiros dessas localidades (40% da população brasileira).

O levantamento mostrou que a política em “grande parte das maiores cidades do país avança, mesmo lentamente, nos serviços de saneamento básico, sobretudo no acesso à água potável, à coleta, ao tratamento dos esgotos e à redução das perdas de água”. Os pesquisadores destacaram, porém, que existe um número expressivo de municípios de grande porte que não avançaram nesses investimentos. De acordo com os pesquisadores, do volume de esgoto gerado nas 100 cidades, somente 36,28% são tratados, ou seja, apenas nas cidades analisadas, quase oito bilhões de litros de esgoto são lançados todos os dias nas águas sem nenhum tratamento. “Isso equivale a jogar 3.200 piscinas olímpicas de esgoto por dia na natureza”.

Os órgãos das Nações Unidas apontam que, no mundo, o despejo de 90% das águas residuais em países em desenvolvimento – em banhos, cozinha ou limpeza doméstica – vão para rios, lagos e zonas costeiras e representam ameaça real à saúde e segurança alimentar no mundo.

Pelo ranking da Trata Brasil, o índice médio em população atendida com coleta de esgoto nas 100 cidades pesquisadas pela organização foi 59,1%. A média do país, registrada em 2010, era 46,2%. A boa notícia é que 34 cidades apresentaram índice de coleta de esgoto superior a 80% da população e apenas cinco municípios (Belo Horizonte, Santos, Jundiaí, Piracicaba e Franca) tinham 100% da coleta de esgoto em funcionamento.

Trinta e dois municípios se encontram na faixa de sem coleta a 40% de coleta e 34 cidades têm entre 41% e 80% da cobertura de coleta de esgoto. “Ou seja, na maioria dos municípios analisados ainda está distante a universalização dos serviços de coleta de esgoto”, destaca o estudo.

A análise da organização não governamental destacou que vários fatores influenciam na ocorrência das diarréias, como a disponibilidade de água potável, intoxicação alimentar, higiene inadequada e limpeza de caixas d’água. O estudo mostrou a relação direta entre a abrangência do serviço de esgotamento sanitário e o número de internações por diarréia. De acordo com o levantamento, em 2010, em 60 das 100 cidades pesquisadas os baixos índices de atendimento resultaram em altas taxas de internação por diarréias.

Nas 20 melhores cidades em taxa de internação (média de 17,9 casos por 100 mil habitantes), a média da população atendida por coleta de esgotos era 78%, enquanto nas dez piores cidades em internações por diarréia (média de 516 casos por 100 mil habitantes), a média da população atendida por coleta de esgotos era somente 29%.



sábado, 18 de maio de 2013

18% da água na Índia contém restos humanos


O comitê de saúde pública do MCD coletou amostras de água em todas as áreas da cidade distribuída pela DJB, uma entidade pública encarregado de fornecer o líquido a mais de 60% dos lares delhíes. "Tomamos 616 amostras de água em diferentes regiões. Delas, 111 continham contaminação fecal", disse o presidente do comitê de saúde pública do MCD, V.K. Monga à agência indiana "Ians".

 De acordo com Monga, as águas contaminadas podem transmitir doenças como cólera, gastrenterite, febre tifóide e icterícia, entre outras. O estudo se refere aos meses de janeiro e fevereiro, e as provas foram realizadas no Laboratório de Saúde Pública do MCD. De acordo com o chefe do comitê, a contaminação fecal ocorre porque existem conexões entre a rede de provisão e a de desaguamento, pelas deficiências no sistema de encanamentos e as interrupções na provisão de água.



 O problema da água foi denunciado em algumas ocasiões na Índia, tanto em seu vertente de consumo, como na situação dos grandes rios, que são depositários de maciços vertidos industriais e fluem poluídos. Em diferentes regiões se acharam níveis intoleráveis de arsênico nas águas destinadas ao consumo, e na região de Punjab, no norte, se reportaram numerosos problemas derivados do vazamento de pesticida no subsolo.


Água para consumo na Índia está contaminada por superbactérias


Um gene que torna bactérias resistentes a antibióticos - antes só encontrado em ambientes hospitalares - foi detectado em micro-organismos da água usada para consumo em Nova Délhi, na Índia. O relato foi feito por pesquisadores da Universidade de Cardiff, na Grã-Bretanha, à revista médica "Lancet Infectious Diseases".

 Esta é a primeira vez que o gene NDM-1 (Nova Délhi metalo-beta-lactamase) é encontrado em seres vivos fora de hospitais. Em 2010, pacientes que buscavam a Índia em busca de tratamentos mais baratos foram contaminados por bactérias resistentes. As super bactérias com o NDM-1 causam disenterias e cólera.

A suspeita da equipe britânica veio após o surgimento de alguns casos de infecção em pacientes não tratados em hospitais, o que forçou os especialistas a vasculharem a água usada pela população local para beber, lavar e preparar alimentos. Após a pesquisa, foram encontradas 11 espécies com o gene - capaz de provocar a produção de uma enzima que torna os antimicrobianos ineficazes.
 O gene NDM-1 foi identificado pela primeira vez em 2007 por Timothy Walsh, especialista da universidade britânica, em dois tipos de bactéria: Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli.

 Dados da ONU mostram que 650 milhões de pessoas na Índia não têm acesso a banheiro com descarga e, provavelmente, também não possuem água potável para beber. As autoridades responsáveis pelo controle sanitário da capital do país já reconheceram que o sistema de esgoto da cidade não atende a todos os habitantes. A temperatura e o regime de monções podem colaborar para espalhar ainda mais a ameaça.

Combate


 Timothy Walsh pede à comunidade internacional por medidas rápidas e drásticas para combater as novas evidências de micro-organismos com o gene e para evitar a disseminação da ameaça pelo mundo.
 Outra preocupação dos médicos está no fato do NDM-1 ser transferido a outras células por meio de um mecanismo de plasmídeos - pedaços do DNA usados para transporte -, que podem carregar até 13 outros genes resistentes a outros medicamentos. Os plasmídeos ainda permitem que a contaminação seja feita entre bactérias de espécies diferentes.

 O caso mais alarmante é do gênero Shigella, que apresenta resistência a todos os antibióticos conhecidos.
 Para Walsh, uma ação vital ao combate é a condução de pesquisas em países vizinhos à Índia como Bangladesh e Paquistão. O médico alerta que já existem pacientes na Grã-Bretanha e na Europa que foram contaminados ao visitar a Ásia, sem terem passado por hospitais na Índia.




quinta-feira, 16 de maio de 2013

Sete maneiras criativas de economizar água




1 – Faça da sua casa um ambiente verde

A água não é só o famoso líquido insípido, inodoro e incolor, ela também está no ar. Manter a umidade do ar alta em sua casa evita que você e sua família tenham problemas respiratórios. Manter hortas domésticas, fontes de água de baixo consumo, árvores, vasos de plantas e trepadeiras aumenta a quantidade de água em sua casa.

Uma boa dica é guardar água da chuva para regar as plantas. Um cano descendo da calha no telhado e caindo em baldes já garante esse armazenamento. Mantenha essa água tampada para evitar a presença do mosquito da dengue em seu quintal.

2 – Troque o copo d’água por squeezes e garrafinhas


Para lavar um copo é necessária a medida de dois copos de água. Pode parecer pouco, mas, se colocarmos em escala, notamos que, para cada caixa d’água bebida, duas são gastas para a lavagem dos copos.

Uma maneira fácil e instantânea de reverter essa equação nada sustentável é trocar os copos d’água por squeezes ou garrafas reutilizáveis.

Nesse tipo de recipiente, a lavagem é menos frequente, já que o interior permanece fechado e, muitas vezes, apenas lavar o bocal do squeeze já garante a higiene, reduzindo a quantidade de água gasta.

3 – Faça xixi no banho



Pode até parecer besteira, mas fazendo xixi no banho você economia 12 litros de água potável por dia. Se você tem quatro pessoas em casa, em um mês, vocês economizaram 1.680 litros de água. Isso em descargas econômicas. Muitas descargas antigas chegam a gastar 20 litros cada vez que são acionadas.

E se a sociedade toda fizer isso? Os reservatórios de água se manteriam melhor abastecidos e todos gastariam, inclusive, menos dinheiro na conta de água. Benefício para o meio ambiente e para o seu bolso.

A S.O.S. Mata Atlântica produziu o site Xixi no Banho com diversas dicas e dados sobre a redução do consumo da água.

4 – Troque a mangueira por uma vassoura e água reutilizada

Muita gente acha que mangueira é vassoura. Ela pode até fazer um bom trabalho na hora de lavar o quintal e a calçada, mas a que preço ela faz isso? Não estamos falando do preço na conta de água, mas no custo social desse uso.

Trocar a mangueira aberta por uma vassoura de boa qualidade, reutilizando a água descartada pela lavadora de roupas, evita o desperdício.

Se você tem cachorro, educá-lo para fazer as necessidades num local próximo a um ralo também economiza várias lavagens de quintal.

5 – Aproveite a água do aquário

Se você possui um aquário em casa, deve trocar essa água com uma certa periodicidade. Não descarte essa água pelo ralo. Ela está enriquecida com nitrogênio e fósforo, dois elementos que fazem muito bem às plantas.

6 – Feche a mangueira: lave o carro com balde

Em uma lavagem de carro com a mangueira aberta por 30 minutos, 560 litros de água são gastos. Se baldes d’água fossem utilizados, esse gasto cairia para menos de 100 litros.

7 – Acumule antes de para lavar

Com a falta de tempo e a praticidade dos eletrodomésticos, sempre acabamos por lotar nossas casas com esses aparelhos. Se esse é o seu caso, só acione suas máquinas de lavar roupa e louça quando elas estiverem cheias.

Se você só precisar lavar uma peça de roupa, que tal lavá-la à mão? Será muito mais rápido do que o ciclo de lavagem da máquina, e você ainda terá mais cuidado no tratamento com a peça, evitando que os botões enrosquem em alguma coisa ou que a gola daquela camisa predileta seja destruída.

Apenas uma coincidência?


A humanidade será muito mais triste, pela necessidade de chorar muito para matar a sua sede. Lágrimas terão preço de ouro e será valor monetário em alguns países...
 A água existe no universo há muitos e muitos milhões de anos, mas em estado sólido, como gelo, ou em estado gasoso, como vapor.

 O único planeta conhecido em que se encontra água no estado líquido é o planeta Terra. E a água é justamente o elemento vital que diferencia o nosso planeta dos outros.

 Foi na água dos oceanos que, há mais de 3 bilhões de anos, surgiram às primeiras formas de vida. Esses organismos foram se desenvolvendo, se desenvolvendo e, durante muito tempo, a água foi o único ambiente no qual podia haver vida.

 Somente há 360 milhões de anos, mais ou menos, que apareceu um ser capaz de viver tanto na água quanto na terra. Depois surgiram os dinossauros, depois os mamíferos, e somente há 4 milhões de anos surgiram os primeiros seres humanos.

 Tudo isso nos mostra como a água é importante em nossas vidas, os seres vivos têm seus organismos compostos por 2/3 de água, e o homem, ou qualquer outro animal, resiste a até trinta dias sem alimento, mas não suporta mais do que alguns poucos dias sem água. Apesar de estarmos acostumados a imagens de gigantescos mares e oceanos, e de sabermos que 2/3 da superfície da Terra são cobertos por água, quase toda a água existente em nosso planeta, é salgada, ou seja, não é boa para o consumo humano ou animal, sendo também imprópria para a lavoura.

 Portanto os seres humanos, os animais e as plantas necessitam de água doce para viver. Apenas 3% da água existente é doce, além disso, apenas 1/3 dessa água doce não está debaixo da terra, nos lençóis freáticos, ou congelada nos pólos em forma de geleiras, calotas polares e icebergs.

 No caso da água, este 1/3 é igual a 40 quintilhões de litros, mas toda essa água está em constante movimento, evaporando-se dos oceanos, rios e lagos, transformando-se em vapor e formando as nuvens na atmosfera. Quando o vapor se condensa, a água volta para a Terra em forma de chuva, granizo ou neve, este é o ciclo da água, que acontece por causa da influência do sol e da gravidade.

 Parte da água que cai sobre a terra se distribui pela superfície, e assim são formados os lagos, os rios e os riachos, e a parte da água que cai e se infiltra no solo vai ser absorvida pelas plantas ou vai alimentar os lençóis freáticos, ou seja, lençóis subterrâneos de água que alimentam nascentes e poços.

 75 % do planeta Terra é composto de água e 75 % do nosso corpo também. Apenas uma coincidência?



Água

A água é um elemento composto por dois átomos de hidrogênio (H) e um de oxigênio (O), formando a molécula de H2O. É uma das substâncias mais abundantes em nosso planeta e pode ser encontrada em três estados físicos: sólido (geleiras), líquido (oceanos e rios), e gasoso (vapor d’água na atmosfera).

Aproximadamente 70% da superfície terrestre encontra-se coberta por água. No entanto, menos de 3% deste volume é de água doce, cuja maior parte está concentrada em geleiras (geleiras polares e neves das montanhas), restando uma pequena porcentagem de águas superficiais para as atividades humanas. A água está distribuída da seguinte forma no planeta Terra:

- 97,5% da disponibilidade da água do mundo estão nos oceanos, ou seja, água salgada.
- 2,5% de água doce e está distribuída da seguinte forma:
 * 29,7% aquíferos;
 * 68,9% calotas polares;
 * 0,5% rios e lagos;
 * 0,9% outros reservatórios (nuvens, vapor d’água etc.).

O Dia Mundial da Água foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1992, sendo comemorado no dia 22 de março.

A água é de fundamental importância para a vida de todas as espécies. Aproximadamente 80% de nosso organismo é composto por água. Boa parte dos pesquisadores concorda que a ingestão de água tratada é um dos mais importantes fatores para a conservação da saúde, é considerada o solvente universal, auxilia na prevenção das doenças (cálculo renal, infecção de urina, etc.) e proteção do organismo contra o envelhecimento.

Porém, está havendo um grande desperdício desse recurso natural, além de seu uso ser destinado principalmente para as atividades econômicas. Atualmente, 69% da água potável é destinada para a agricultura, 22% para as indústrias e apenas 9% usado para o consumo humano.

A poluição hídrica é outro fator agravante, os rios são poluídos por esgotos domésticos, efluentes industriais, resíduos hospitalares, agrotóxicos, entre outros elementos que alteram as propriedades físico-químicas da água.


terça-feira, 14 de maio de 2013

Outdoor nos arredores de Lima, Peru, transforma ar em água potável


O dispositivo, criado pelos pesquisadores da Universidade de Engenharia e Tecnologia (UTEC) de Lima e pela agência de propaganda Mayo Peru DraftFCB, captura a umidade do ar e, com a ajuda de filtros, produz a água.

O painel tem uma localização estratégica, no vilarejo de Bujama, uma área ao sul da capital na qual os moradores quase não têm acesso à água limpa.

Segundo a UTEC, os pesquisadores queriam colocar a "imaginação em ação" e mostrar que é possível resolver os problemas das pessoas com engenharia e tecnologia.

"Um outdoor que produz água potável a partir do ar", afirma o cartaz que produziu mais de 9 mil litros de água, o que dá uma média 96 litros por dia.

Capturando a umidade




Apesar das condições difíceis na região do vilarejo de Bujama, com poucas chuvas, a umidade do ar chega a 98%, segundo a UTEC.

"O painel captura a umidade no ar e a transforma em água. É simples assim", afirmou Jessica Ruas, porta-voz da universidade.

Dentro do painel existem cinco dispositivos que extraem vapor de água do ar usando um condensador e filtros.

A água é armazenada em tanques no topo da estrutura. Depois de filtrada, a água desce por um cano conectado a uma torneira, acessível a todos.

O custo do sistema é de US$ 1,2 mil (pouco mais de R$ 2,4 mil) e, segundo Ruas, pode se transformar em uma solução para o problema da falta de água.

"Não precisa ter a forma de um outdoor, mas a criatividade é a chave para o desenvolvimento (do projeto)", afirmou.

A UTEC foi fundada há apenas um ano e está usando o painel com o objetivo de atrair as "mentes criativas que o Peru necessita".

Os vizinhos do outdoor aprovaram o projeto e o outdoor se transformou em uma atração local entre os moradores e motoristas que passam pelo local, além de parte indispensável da vida no vilarejo.

"Não percebemos o tamanho do impacto que causaríamos", disse Ruas.

Quase metade do mundo pode ficar sem água até 2030, alerta ONU

A ONU (Organização das Nações Unidas) celebra nesta sexta-feira (22) o Dia Mundial da Água com uma reunião na sua sede em Nova York, nos Estados Unidos, e com eventos globais.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou que até 2030 quase metade da população global terá problema de abastecimento. Isso vai acontecer porque, daqui a 17 anos, a demanda por água vai superar a oferta em mais de 40%.

Ele falou, ainda, que com a mudança climática e as necessidades das populações que crescem e prosperam, os governos terão de trabalhar juntos para proteger essa fonte natural.

Em entrevista à Rádio ONU, de São Paulo, o Presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga, alertou sobre o problema da mudança climática.

"Mudança climática impacta a água. Porquê? O resultado da mudança climática são secas mais longas, enchentes mais intensas, e portanto, são impactos diretamente no sistema hídrico."

O Secretário-Geral também disse que nenhuma mensagem sobre a água pode ser feita sem mencionar o saneamento. Segundo ele, 2,5 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso a um banheiro. O custo disso é visto em vidas, já que 4.500 crianças morrem diariamente, e também na queda da produtividade econômica do planeta.

O chefe da ONU fez um apelo por mais cooperação entre os países dizendo que a água é um recurso natural comum, além de ser a chave para um desenvolvimento sustentável. Ele afirmou que todos devem usá-la de forma mais inteligente e sem desperdício.

"Nós temos que ter essa visão integrada que a água é um elo de ligação de diferentes setores da economia, da energia, da agricultura e do transporte. E ela tem uma ligação muito importante com a saúde, através do saneamento. Eu esperaria que os governantes entendessem claramente a importância de cuidar da água", lembrou Braga.



Quanta água você consome por dia? Só na macarronada são 653 litros


ONU pede mudanças para evitar escassez de água no mundo

A demanda pelos suprimentos de água no mundo é tão intensa que será necessária uma mudança radical na forma como ela é usada para evitar a escassez, diz um estudo elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado nesta segunda-feira (12). A 4ª edição do Relatório de Desenvolvimento Mundial da Água, intitulado Gerenciando a Água sob Incerteza e Risco, foi lançado durante o 6º Fórum Mundial da Água, em Marselha, na França.

De acordo com a pesquisa, aumentou a demanda por água para irrigação de cultivos de alimentos, para produção de energia elétrica e para fins sanitários. O documento ressalta ainda que as mudanças climáticas estão reduzindo os suprimentos ao alterar os padrões de chuvas, provocando secas mais prolongadas e o derretimento de geleiras.

O relatório aponta ainda que a Ásia tem cerca de 60% da população mundial, mas conta com apenas um terço da água potável da Terra. O Brasil produz aproximadamente 12% da água doce superficial do planeta e, segundo dados da Agência Nacional de Águas (ANA), o país dispõe de 18% de toda água doce superficial da Terra.




No relatório, são descritas as principais mudanças, incertezas e ameaças que ocorrem no mundo e suas ligações com os recursos hídricos. A publicação também indica as tendências relacionadas ao abastecimento de água, ao uso, à gestão e aos financiamentos.

De acordo com Programa Mundial para o Desenvolvimento da Água, vinculado às Nações Unidas, o objetivo do estudo é buscar alternativas para que todos se envolvam na busca pela melhoria da qualidade e aceitação das decisões sobre o tema.

No Dia Mundial da Água, conheça os problemas do recurso no Brasil e dicas de como evitar o desperdício


Nesta sexta-feira, a ONU comemora o Dia Mundial da Água, criado há mais de 20 anos para celebrar e discutir a importância da água na vida do planeta. No Brasil, a abundância do recurso no território, com cerca de 13% de toda a água potável do mundo, pode até dar a sensação de que se trata de algo que nunca vai acabar, mas a água é finita. O professor Carlos Tucci, que comanda o Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, alerta que a escassez da água é um problema mais próximo do que parece.

 "Apesar do excesso de água em nosso território, sofremos com a falta da água potável no país. Pode ser uma falta quantitativa, quando não existe água suficiente no território - como no sertão nordestino - ou qualitativa - quando, apesar de existir a água, ela está poluída", explica Tucci. Neste último caso está enquadrada a cidade de São Paulo.



 "A região metropolitana paulista usou quase todos os recursos próximos e poluiu o restante. Dessa forma, as opções são buscar água cada vez mais distante, o que torna o custo maior, ou melhorar a gestão dos recursos disponíveis, como o reuso de água por meio da rede de saneamento", explica o professor. Apesar dos problemas localizados, a geografia privilegiada do Brasil faz com que o país não tenha índices maiores de problemas com escassez de água.

 Quanto ao resto do mundo, não se pode estipular uma data na qual a água potável acabaria, pois o recurso varia em cada país. "A disponibilidade e o consumo da água potável mudam de acordo com a região. Atualmente, utilizamos 70% de toda água de boa qualidade disponível no globo para a agricultura, 20% para a indústria, e 10% para consumo humano. Pode parecer que não falta água, mas em um futuro próximo isso pode se tornar um problema sério", afirma o professor.

 O futuro pode estar mais perto do que se imagina. Segundo os últimos relatórios de Desenvolvimento Humano da ONU, publicados entre 2006 e 2011, se o consumo de água potável continuar da forma que está, países africanos e asiáticos sofrerão com uma grave escassez de água já em 2025, que afetaria cerca de 5,5 bilhões de pessoas.


Água: se não cuidar, pode acabar

Água: se não cuidar, pode acabar

Ao contrário do que parece, a água é um recurso natural esgotável. Estudos sobre o sistema hídrico mundial são unânimes em indicar que, se a média de consumo global não diminuir no curto prazo, teremos problemas de escassez. O Brasil, que tem uma parcela significativa de água doce, também está ameaçado;



Você acorda de manhã, acende a luz, toma um banho quente e prepara o café. Após se alimentar, limpa a boca com um guardanapo e lava a louça. Vai ao banheiro, escova os dentes e está pronto para dirigir até a escola para mais um dia de trabalho. Se parar para pensar, vai ver que, para realizar todas essas atividades, foi preciso usar água. A energia vinda das quedas d’água (via hidrelétricas) é que faz lâmpadas acenderem, chuveiros aquecerem e geladeiras refrigerarem. E para produzir o guardanapo que você passou pela boca é necessária muita água. Sem esquecer que o combustível de seu carro também contém a substância.
Usando uma expressão que tem a ver com o tema, seria "chover no molhado" dizer que a água é essencial para a nossa vida.

Sem ela em quantidade e qualidade adequadas, não é apenas o desenvolvimento econômico-social e a nossa rotina que ficam comprometidos, mas também a nossa própria sobrevivência. Só existimos porque há água na Terra. Por isso, a disponibilidade desse recurso é uma das principais questões socioambientais do mundo atual. De acordo com o relatório trienal divulgado em 2009 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em 2025, cerca de três bilhões de pessoas - mais da metade da população mundial - sofrerão com a escassez de água. "Se a média de consumo global não diminuir, o cotidiano da população pode ser afetado drasticamente, inclusive no Brasil", diz José Galizia Tundisi, presidente do Instituto Internacional de Ecologia de São Carlos e autor de livros sobre o tema.



Para ficar por dentro do assunto, o primeiro passo é compreender que, diferentemente do que ocorre com as florestas, a água é um recurso que tem quantidade fixa. Em teoria, dá para reflorestar toda a área desmatada da Amazônia, pois as árvores se reproduzem. Mas não é possível "fabricar" mais água. Segundo O Atlas da Água, dos especialistas norte-americanos Robin Clarke e Jannet King, a Terra dispõe de aproximadamente 1,39 bilhão de quilômetros cúbicos de água, e essa quantidade não vai mudar. Desse total, 97,2% dela está nos mares, é salgada e não pode ser aproveitada para consumo humano. Restam 2,8% de água doce, dos quais mais de dois terços ficam em geleiras, o que inviabiliza seu uso. No fim das contas, menos de 0,4% da água existente na Terra está disponível para atender às nossas necessidades. E a demanda não para de crescer.


O Planeta pede Água II

NÃO TEM PRA TODOS

Apenas 2,5% da água do planeta é potável

Quanta água há na Terra?
O total de água existente no planeta é de:
>>>1,4 bilhão de quilômetros cúbicos
>>>97,5% disso é composto de água salgada dos oceanos, mares e lagos. Os outros 2,5% são água potável (34 milhões de quilômetros cúbicos). Essa água não está disponível para bebermos ou para a irrigação. Sua dessalinização é muito cara.

Da água potável do planeta:
>>>69,5% não está disponível (geleiras, neve e camada de terra congelada)
>>>30,1% está em aquíferos profundos
>>>0,4% é água da atmosfera e superfície da Terra (lagos, rios, solo, umidade do ar, pântanos, plantas e animais)

Se um balde de água contivesse toda a água do mundo, uma gota do tamanho do seu do seu dedo representaria a quantidade disponível para nós. Isso equivale a 0,0001% do total

Apenas 8,6 mil quilômetros cúbicos estão disponíveis para:
>>>beber
>>>irrigação
>>>descarga
>>>lavar louça etc.

8,6 mil quilômetros cúbicos é igual a 1.323 metros cúbicos de água para cada pessoa da Terra, por ano;


ALÉM DA SEDE


A quantidade diária necessária de água para nos manter vivos é 2,3 litros (por meio de líquidos ou comida). Mas alguns de nós consomem mais do que outros. Nos EUA, a média de consumo diário é entre 380 e 660 litros por domicílio (o que inclui beber, tomar banho, cozinhar, lavar louça etc. Mas não inclui os 4900 litros usados pela agricultura e indústria para alimentar e vestir todas as pessoas)

Consumo de água mineral por pessoa em 2005 (em litros)

Itália                    191,9

México                179,7

Espanha               147,1

França                 139,1

Alemanha            128,4

Estados Unidos      99,2

Brasil                    65,8

Indonésia              33,3

China                      9,9

Índia                         5,6


ATIVIDADES QUE DESVIAM O SUPRIMENTO DE ÁGUA:

Golfe

>> Baseado na média de uso de água dos campos de golfe dos Estados Unidos
>> 12.700 litros são usados para regar a grama a cada rodada
>> Há 16.100 campos de golfe nos Estados Unidos, com uma média de 90 rodadas por dia. Isso aumenta para 18 bilhões de litros de água usados todos os dias

Piscina

>> Há cerca de 7,4 milhões de piscinas privadas na América, contendo uma média de 68 mil litros de água cada. São 427 trilhões de litros
>> Cada piscina perde cerca de 29 mil litros por mês em evaporação, sendo necessário adicionar mais e mais água.

Gramados

>> 30% a 60% de toda a água potável urbana é usada para regar gramados. 50% é desperdiçada. Quase toda essa água pode ser economizada por meio do uso de plantas nativas, que só necessitam da água da chuva



BEBER, COMER, LAVAR ...

O norte-americano em média usa, em casa, cerca de 380 a 660 galões de água por dia. É menos do que há 25 anos, mas não inclui a água usada para nos alimentar e vestir

Quantidades de água necessária para produzir algumas refeições (em litros):
250 gramas de hambúrguer 11 mil litros
Um pedaço de carne de porco 2 mil litros
Um copo de leite 1.000 litros
Salada 492 litros
Taça de vinho 250 litros
Fatia de pão 151 litros
Xícara de café 140 litros
E são necessários:
>>>10.500 litros para produzir 500 gramas de café
>>>2.600 litros para produzir 500 gramas de arroz
>>>1.670 litros para produzir 500 gramas de açúcar
>>>1.000 litros para produzir 500 gramas leite
>>>143 litros para produzir 500 gramas de trigo
1,1 bilhão de pessoas não têm acesso a água potável. Isso equivale a 1/6 da população mundial




O Planeta pede Água


Cerca de um bilhão de pessoas no planeta não têm acesso a água potável, e o número cresce a cada dia. O problema é grave, atinge tanto países pobres quanto ricos, mas tem solução. É o que mostram as imagens do livro “Blue Planet Run”, nas páginas seguintes.



Que nosso suplemento de água é finito e, pior do que isso, está chegando ao fim, já não é mais novidade para quase ninguém. Agora, o que fazer com a informação de que cerca de um bilhão de pessoas no mundo já não têm acesso à água potável e que esse número cresce a cada dia é o que faz toda a diferença. Expor a magnitude do problema e, ao mesmo tempo, mostrar que há solução para ele - e ao nosso alcance - é o objetivo do livro "Blue Planet Run - The Race to Provide Safe Drinking Water to the World" (Corrida do Planeta Azul - A Prova para Fornecer Água Potável e Segura para o Mundo, ainda sem tradução no Brasil) lançado por uma ONG de mesmo nome, criada em 2002 com a motivação de fornecer água potável para todas as pessoas do planeta.

O documento expõe dois projetos. O primeiro é o resultado de uma captura mundial de imagens e histórias que enfatizam o lado humano dessa crise, que alguns só conhecem por meio de números e estatísticas, e também algumas soluções comprovadas para o problema. O trabalho também documenta a iniciativa de 20 pessoas, de 13 nacionalidades, que decidiram correr por 95 dias ao redor do mundo servindo como mensageiros da seriedade da crise mundial.

Mesmo em períodos de seca, a bombad'água leva o líquido para o vilarejo de Vuma, na África do Sul. A operação dura algumas horas e custa US$ 14 mil. A idéia foi premiada pelo Banco Mundial


Hoje, a escassez de água potável afeta uma em cada seis pessoas no mundo, e as doenças relacionadas à água de má qualidade são atualmente a principal causa de mortes. Nos últimos dez anos, mais crianças morreram de diarréia do que todas as pessoas envolvidas em conflitos armados desde a Segunda Guerra Mundial. Em muitos países, a crise da água é a principal razão para a pobreza da população. Estima-se que 25% dos habitantes de nações em desenvolvimento compram água por preços muito altos. Em alguns casos ao custo de mais de um quarto de seus orçamentos domésticos.

Mas, de acordo com a Blue Planet Run, há esperança, e as soluções comprovadas já existem. Segundo a ONG, a saída para metade dessa população que sofre com a escassez de água - 500 milhões dos habitantes das regiões mais pobres do mundo, sobretudo nas áreas rurais - pode ser obtida por um custo de US$ 30 por pessoa. Nada de tecnologias caras e complicadas, apenas medidas pragmáticas e tecnicamente simples, como poços, perfurações e melhor utilização da água da chuva, seriam metade do caminho para a meta de fornecer água para todos.